Analfabetismo! Os números são assustadores no Brasil, cerca de 16 milhões de brasileiros não sabem ler ou escrever. A Bahia também apresenta números assustadores, dois milhões de pessoas são analfabetas no estado. Se o analfabetismo fosse uma doença, mataria mais do que o câncer.
Lamentavelmente ,ao longo dos anos, a gente viu a qualidade da educação cair. Estudantes não têm mais estímulo em se transformar em professores. A educação perdeu sua prioridade como está escrito na Constituição Federal. Professores desmotivados pelos péssimos salários.
Não há desenvolvimento econômico e social sem Educação. Embora conhecida, a afirmação merece destaque especial neste momento em que o País atravessa uma fase decisória em relação ao seu futuro econômico e social. Em lugar algum do mundo, um país conseguiu atingir um nível de desenvolvimento desejável sem investir substancialmente em educação. Refletir e internalizar profundamente o significado dessa afirmativa parece, assim, fundamental aos que estão direta e indiretamente envolvidos na definição de rumos do País e, portanto, alinhavando os destinos das novas gerações.
Pesquisas mostram que a educação – e a alfabetização em particular, constitui um motor para a expansão econômica e, ao mesmo tempo, mola propulsora de desenvolvimento social e político, reunindo, assim, dimensões de um processo que hoje se caracteriza como desenvolvimento humano. Como é amplamente reconhecido, pessoas com maior nível de educação formal têm maior probabilidade de trabalhar e de permanecer empregadas e perceberem maiores salários.
A produtividade da economia, em geral, e em certos setores produtivos, como a agricultura em particular, tem grande acréscimo quando seus empresários e trabalhadores adquirem mais e melhor escolaridade. Hoje até concurso para gari exige conclusão do primeiro grau.
Contudo, o Brasil, país que apresenta uma das piores distribuições de renda do mundo, tende também a concentrar os benefícios educacionais nas faixas sociais mais elevadas. Em relação às taxas de analfabetismo, por exemplo. A taxa de analfabetismo nos domicílios com rendimento superior a dez salários mínimos é de 1,4 %, enquanto esse mesmo índice para aqueles domicílios cujo rendimento é inferior a um salário mínimo é de quase 29%. Hoje vivemos com mais de 7 milhões de jovens fora da escola no Brasil, o que equivale à população de uma país como a Suíça e ao dobro da população de nosso vizinho Uruguai. O Brasil, entretanto, não tem explorado integralmente tais possibilidades, ao desenhar seus horizontes.
Mas o que EU posso fazer nesse sentido? De maneira prática, abrir espaço no programa para campanhas pessoais ou de grupos que desejem se envolver de maneira consistente na alfabetização de adultos, já que as crianças são de responsabilidade explícita do Estado. Posso também incentivar Associações de Bairros, Igrejas e Clubes a abrir suas portas à noite, e com frofessores cedidos pela prefeitura e pelo governo do estado, fazer funcionar classes para adultos que, apesar de sonhar, não tiveram oportunidade de realizar o sonho de aprender a ler.
Que tudo isso não fique simplesmente nas palavras, mas atitudes sejam tomadas. E já.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Quero lhe parabenizar pelo apoio a blogagem e como blogueira agradeço.
Cidadania e participação ética, a chave para combater o analfabetismo.
Estou aqui ouvindo ao programa.
Obrigada mais uma vez pela forca.
Mas é isso mesmo. Nosso Brasil precisa agir contra este mal. Temos mesmo que fazer a nossa parte já que os políticos eleitos nao cumprem o que eles prometeram.
Podemos bem entender porque os alunos estao deixando os bancos escolares. A família passa fome e o jovem nao consegue lidar com essa situacao sem agir.
É preciso acompanharmos os nossos filhos no saber. Somos uma classe privilegiada que sabemos ler e escrever.
Gil muito obrigada e toda a equipe da rádio.
Valeu.
Gil,
Vim conhecer seu blog através da blogagem coletiva da Georgia ao qual tb participo.
É muito triste ver q os estudantes estão desmotivados por culpa de boa parte dos professores q não recebem o salário digno q merecem.
Big Beijos
Postar um comentário